segunda-feira, 1 de junho de 2015

Diáfano

Estupido e arrogante eu.
Conciso.
Efémero.
Inerte.
Obediente.
Levo um tapa na cara todos os dias.
Cotidianamente.
Viro o outro lado da cara. Apenas.
Ideologias.
Igrejas.
Famílias.
Coisas estupidas que abarrotam minha dispensa.
Penso eu,
ser  útil a toda essa futilidade.
Me afogo em noticias que aprisionam minha mente e a minha liberdade.
Liberdade?
Apago.
Desligo.
E me sinto mais arrogante com o meu ego.
Estourado.

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sábado, 7 de fevereiro de 2015

Vizinhos...

Estúpidos patriarcados e matriarcados!
Chefes,
patrões,
esposas,
filhos...
Estúpidos calados e obedientes,
que somente escutam em silêncio o seu senhor.
Odeio dominados!
E sei que existem dominadores.
Vírus, é o que somos!
Corruptos e mentirosos.
Todos nós.
Todos vocês.
Cortadores de sonhos... aparadores da rebeldia.
Eu também grito!
E gosto dos berros e devaneios que saem de minha garganta.
Maldita garganta!
Do outro lado das paredes eu não vejo você,
mas sua existência eu também ignoro.
Maldita garganta!
De berros e uivos...
Do outro lado das grades eu não enxergo você...


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Morte a cada orgasmo meu

Em cada um deles,
morro.
Sentindo.
Há morte a cada orgasmo meu.
Do líquido,
fluído,
que de mim é expelido.
Sujo.
Sujo.
Sujo.
Sem procriar.
Sentindo o próprio corpo.
Inacabado.
Alterável.
Mutável.
Morto a cada gozar.