quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Não se mova!

Imagina,
em algum momento,
descobrirmos que a raça humana,
já habitou e devastou outros mundos do sistema solar?

Índios serigueiros

Em algum momento eu fui feliz. Mas, isso ficou no passado.

Gravura do livro da tortura durante a ditadura Argentina

Chá com sabor de ódio

Sentir tanta arrogância,
diante de seres que só querem aprender com você.
Sentir tanto amor próprio,
e se isolar na escuridão dos pensamentos produtivos.
São iguais!
Em todos os lugares,
e em todas as línguas.
São iguais.
Porque querem somente serem os melhores.
São sempre iguais.
E desço e subo as escadas,
te deixando só.
Quem sabe assim você é diferente (?).


Aos humanos ,conhecidos, que tanto amo.

Karasu10

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Era uma vez...

Nina era uma menina que todos os dias de manhã pegava sua bicicleta e percorria 7km á caminho do trabalho.
E 7km para voltar.
Muitas coisas aconteciam.
Nina era telespectadora e, as vezes, coadjuvante e outras personagem principal.
Nessas idas e vindas, Nina percebeu que uma égua pariu um filhinho lindo.
A égua, era atriz principal e escrava.
Trabalha puxando carroça.
E o potrinho, nasceu escravo.
Nina sempre passava para o trabalho e a égua já estava pronta, na carroça, para o trabalho também.
O potrinho ficava do lado da mãe. Sempre.
E Nina passava pedalando sua bicicleta e falava com eles.
O potrinho certo dia perguntou a sua mãe:
-Mãe?! Porque esse humano fala coisas? Ele não gosta de mim?
-Não é isso filho. Nem todos os humanos são iguais. Esse humano gosta de você, por isso sempre fala coisas carinhosas.
-Ah mãe...quando esse humano passar de novo, vou dizer que gosto dele também. Mas, como digo isso?
-Não se preocupe filho! Esse humano vai entender.

(Trabalho não é diferente. Mas os animais não-humanos não precisam carregar o peso da incapacidade do  animal humano)

Tamara Bond- Dinner is served

A verdade?

As ruas para os carros.
As calçadas para as vitrines das lojas.
Ou estamos dirigindo.
Ou estamos comprando.

Jaap de Vries my

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Esquecer não é viver

Me contorço por entre pensamentos que não quero tocar.
Mesmo assim sinto-me dilacerado por cada um deles.
Que frio!
O congelar do ar beija meu corpo como outrora o conhecesse tão profundamente.
No calor, onde os sentimentos são frios.
No frio, onde os sentimentos não aquecem.
Sinto tanto frio!

The survivor by Chryssalis

Tripalium

No trabalho, eu não posso pensar.
Só executar.
Se por algum momento eu pensar... posso não mais existir.
Ou, simplesmente perder alguns membros.
No trabalho, cada segundo do meu dia é precioso.
Pois todos eles juntos, somam o meu salário no final de cada mês.
Meu suor derramado.
Minha velhice precoce chegando.
Meu stress aumentando.
Meu patrão reclamando.
No trabalho, se eu pudesse, eu só pensaria  no mar...e nos meus dias sem trabalho.
Na minha vida sem grades.
Na minha vida sem Tripalium.

Desconheço o nome do artista.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Gozei na minha mão

Enquanto foleava um livro, senti minhas pernas tremerem.
E com uma das mãos acariciei minhas pernas.
Comecei  lentamente,
muito devagar, até chegar na minha vagina.
Sobre minha cama alheia,
e sobre muitos pensamentos escritos em papel... me toquei.
Me masturbei.
Gozei na minha mão.
Senti meu gozo sair de mim e ir de encontro a mim.
Assim, em minha cama gozei.
No meu corpo toquei.
Enquanto ele está quente e vivo.

Milo+Manar

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Primal, grito

A sensação de guerra é contínua, insistente.
Quando as notas de uma música toca dentro,
não se pode tapar os ouvidos.
Irei, mesmo assim, continuar escutando suas notas.
Não tenho motivos para te olhar nos olhos.
Mas não esqueço sua presença.
Uma guerra está travada entre nós.
O único sangue que existe nessa guerra, é o que corre em nossas veias.
E não será derramado.
Porque a minha guerra é pessoal.
Em mim. De mim.
Pela minha liberdade.
Pela minha ausência das grades.
No escuro da noite, nos veremos.
E os que estão calados,
dessa vez ouvirão e uivarão.
Porque a natureza os espera.

Fume Nakamura

Dreams, arriba de mi sombrero

Sonhei que pintava as portas do meu quarto,
da cor dos peixes salmon..
Me senti livre.
Pois todo o resto da casa tinha a presença de cor da paz. Branco.

David+Trulli+4_umplugged



Cotidiano

Trabalhar e consumir.
Trabalhar e consumir.
Trabalhar e consumir.
Trabalhar e consumir.
Trabalhar e consumir.
Trabalhar e consumir.
Trabalhar e consumir.
Trabalhar e consumir.
Trabalhar e consumir.
Trabalhar e consumir.
Trabalhar e consumir.
Trabalhar e consumir...

Jan Saudek

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Va te faire foudre (humanidade)

Neuras.
Ansiedades.
Stress.
Fora. Dentro. Dentro. Fora.
Desce. Sobe. Abre. Fecha.
Fumaça...
Dióxido de carbono jogado na minha cara diariamente.
Buzinas.
Mal estar em forma de solidão.
Ignorância.
Medo.
Bala perdida.
Cansaço.
Descanso.
Despertador.

Cage-By-Parablev

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

C'est la vie...?(ou, jaulas)

Cansado de estar aqui.
Cansado de pensar em fazer algo. E ao mesmo tempo saber que não vai dar certo.
Dentro de mim mesmo, não moro mais.
Estou vazio.
E a cada dia mais oco se torna o meu espirito.
Minha existência é resumida a um quadrado.
Eu queria ser redondo.

Desconheço autor.

Mundo sustentável?

O peso dos meus olhos não alivia a angustia do meu corpo.
Me escondo só. No escuro. Ofegante.
Rapidamente flash's de encontros temporais explodem na minha mente.
Sinto que não estou dormindo.
E que minhas visões apocalípticas são reais.

Noon- By Goom

Gostaria de vomitar o mundo agora. Mas ele não sai de dentro de mim.

Louie Metz - The golden age II

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O meu corpo que se decompõe na deformidade do teu corpo. Que goza na naturalidade dos teus pensamentos libertos.

Ctthulhu By Gorefestin

Eu tenho sonhos...

A chama ardente,
que nutre toda a minha revolta revolucionária, ainda grita.
Eu estou aqui!
Meu espirito,
que tudo o que o move é o meu sangue, está comigo.
Aqui, e onde eu estiver!

Ururu, a mais velha dos Akuntsu morre aos 85 anos. Guerreira, a índia sobreviveu ao massacre  nos anos 1980, que dizimou o seu povo. Então, decidiu morrer. Para ela não existia motivos para estar viva se o seu povo estava morto. Extermínio  de um povo, motivo: Ganância pela terra dos Akuntsu. Os corpos do seu povo nunca foram encontrados. No lugar do massacre só restavam balas, arco e flechas.






terça-feira, 9 de agosto de 2011

Deseo

Os dois meninos crianças, se abraçando e se acariciando.
Achando bom o toque,
as gargalhadas,
a vida,
a rua,
a bola...
Muitos passam. Eu olho.

Tamara Muller

Livre de todo, por inteiro, não aos pedaços!

Chris+King+002

Venenoso

Os espasmos do cotidiano nos fazem cicatrizes intensas e perturbadoras.
Nossos olhos já não sabem o que enxergar,
quando não há mais pálpebras.
Dilaceraram meus nervos e sinto meu folego por um fio.
Navalhas...são o chão que piso todo o momento.
E o meu sangue, é negro.
E os meus ossos, pó.

Free Mind By Donhosho

domingo, 10 de julho de 2011

O que era eterno morreu!

Não tenho explicações e nem sei como meu corpo se sente.
Posso estar em torpor.
Posso estar adormecido.
Nessa angustia pela busca da resposta aceitável, me machuco.
Me maltrato.
Me engano.
Me aceito humilhado diante de uma cúpula que se fecha a cada dia mais.
De palavras que me tragam e absorvem toda a minha lucidez e toda a minha loucura.
É tão difícil... e todos nasceram com esse dom e esse desejo de se enganarem a cada segundo de suas vidas.
Sempre escolhendo quem tem os melhores lugares na arquibancada para vislumbrar a destruição.
Quero os meus cinco segundos de pensamentos eternos.
Depois, eu apago na escuridão da eternidade.

AmazingXray


terça-feira, 21 de junho de 2011

Sinto amor por aquilo que como. Porque os que odeiam, matam para comer.

Ruud Van Empel

Agradável Tormento

Inexplicavelmente o assombro me domina.
O desgosto e o desalento floram da minha "alma",
E me fazem vomitar as náuseas e anseios do cotidiano.
Em um milésimo de tempo lembro do verme que sou e dos vermes que me consomem.
Gostaria de ver.
Mas, vazei meus olhos de ódio e revolta só pra variar.
As flores já murcharam e perderam toda a sua feiura, e o que sobrou:
Foram as palavras de maldição e terror.
Guardarei-as para mim.
Pois sou egoísta e mereço todo flagelo e tédio.

Peterius

Pára-doxo

Sósia de mim mesmo,
vivo os anseios e frustrações que meu outro eu viveria.
Clamando por um pouco de tempo
(espero que seja curto)
para tentar moldar minha caricatura eterna.
Paro acima dos automóveis e vejo luzes nefastas e iguinorantes.
Ignorando o meu raciocínio logico e lento.
Deveras se um dia,
Se um ano,
Um mês...
Pudesse eu, ser apenas uma incógnita a procura de uma exata solução inflalivel.
Perco, ganho.
E torno-me um poço de contradições dissimuladas;
Agindo como um cego no escuro.
E paro,
E para,
Doxo!

Chiara Attorre-Carnival1


terça-feira, 7 de junho de 2011

Vélo

O que faço com você?
Para onde vamos hoje?
Não me sinto acorrentado quando estamos juntos.
Não tenho medo que meus pés acelerem e meu corpo chegue a voar!
Para onde iremos agora?
Sem fumaça...
Sem combustível...
Que tal ir na lua?
Que tal ver o " dragão "?
Vamos pedalar?
Vamos pedalar!

Ditadura da Estética

Que ódio tão grande é esse?
Que faz com que você deseje minha morte?
Somente porque meu corpo não agrada a você?

Colette Calascione

Olhos e Mãos...

Muitos se calam por seus ideais de uma vida inteira, quando a ação não condiz com a realidade do momento.

"Enemy" de C. J. Tañedo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cada dia mais eu não sei mais o que sou!

Quebrem os espelhos! Eles não nos mostram realmente como somos!

Karin+Berndl+Bild

Fragmentos de mim

O que me sinto agora?
Fragmentos.
Pedaços.
Cacos.
Uma visão distorcida de toda realidade que me cerca.
Uma liberdade pela metade.
Não ouso fazer mais canções.
A minha visão distorcida.
A minha saúde tão abalada.
...
Quando penso somente sofro. E quando sinto não me sinto mais.
Não sei o que vem depois de amanhã.
Nem quero saber.
Sinto falta dos meus fragmentos. Aquilo que se juntava e me completava.
Poeira estelar.
Fragmentos...

terça-feira, 10 de maio de 2011

A Perfeição Tão Imperfeita

A insignificância de existir e não resistir.
Ser apenas mais um.
Mais um a preencher e lotar toda essa engrenagem.
E cada pancada que você dá é em mim que dói.
Na minha existência, no meu amor. Só.
Mas " todos " contribuem para que a máquina não pare,
não morra, e dê mais frutos. Mais sangue. E mais vidas.
Onde você está?
Te vejo sobre pilhas de cadáveres, fazendo a máquina mover.

David Aronson-Aronso Brandley

Tempos...

" A dor e a liberdade são as duas sensações mais inspiradoras e revolucionárias que posso sentir.
E são como um todo que se completa,
se faísca e se toca."

                                                                                          R. Blissett

segunda-feira, 11 de abril de 2011

...

Humilhada, durante toda a noite.
No dia seguinte vai as compras para se sentir feliz.

Enganos...

Espero os dias passarem...
Os dias, as noites... tudo é igual.
Anseio que algo aconteça todos os momentos.
E sinto a angustia de esperar cada segundo passar.
Desconfio de absolutamente tudo e todos. E vigio minha sombra a cada passao meu.
O " mundo ", e suas enfermidades me contaminaram.
Me massacraram.
Meu espirito está envelhecido dentro de mim e minha aparência não é nada além disso.
Vivo uma grande ilusão e a cada momento, me sinto mais e mais excluida da minha própria história.
Vamos fazer de conta que tudo está bem:
E que agora eu só preciso dormir!

Hans Bellmer

Sexta-feira

                                   Uma nuvem gigante,
                                   como um iceberg,
                                   passando em minha janela,
                                  e carregou consigo todas as estrelas.

Bobi+Bobi

quinta-feira, 31 de março de 2011

Aos pedaços

Hoje caiu mais um pedaço de mim.
Perdi a conta de quantas vezes colei meus cacos.
E quando me percebo, estou novamente aos pedaços.
Um buraco negro consome minhas moléculas, meus átomos, meu... eu.
Essa sensação de dor não passa!
Ela só aumenta.
E quando abro as portas das lembranças, me deparo em um quarto rodeado
por elas.
E me afogo nos braços da melancolia.
Que há tempos me diz: "Eu estou aqui"!
Não se perca de mim!
Não me apague!
O mundo girou agora para nós...
Mas, ele continua a girar!

Para  MLC que eu tanto amo!

Lisa Evans

quinta-feira, 24 de março de 2011

Que essa tristeza acabe de uma vez...

Hoje não consigo derramar lágrimas!
Não que algo tenha mudado dentro dos meus olhos.
Mas hoje, simplesmente hoje, não consigo derramar lágrimas!
As ruas continuam esmagando a todos.
O amor continua morrendo todos os dias.
Relações de vidro e porcelana são criadas todo o momento.
O fútil passou a ser requisito principal da humanidade.
Sinto como se todos os dias fossem um bom dia para não existir mais.
Resistir.
A o que?
A quem?
Me mostre!
Mas não te pedirei " por favor."
Porque sei que você irá me cobrar. Me humilhar. E mentir.
Por dentro meu corpo chora.
Mas por fora...

B Berenika


segunda-feira, 21 de março de 2011

Sobras...

Estava bem até te encontrar!
Na realidade, não sei se foi eu que estava procurando algo, e você apareceu...?
Pois é! Agora não consigo ficar conformado, calado e aceitando tudo o que me impõem!
Imagine a situação que me encontro:
Um mundo todo pela frente de futilidades, angustias, remédios, drogas farmacêuticas e,
industrializadas com sabor artificialmente natural.
Com a TV me induzindo a comprar e fazer dietas milagrosas que ajudaram a quem me ama sentir
prazer com o meu corpo.
Imagine agora, a calmaria e o sossego que era a minha existência antes de você invadi-lá?
Pensou?
Agora, me responda se posso continuar a viver da mesma forma e com os mesmos pensamentos e
sentimentos ?
Creio que não, Liberdade!
Desde que me enclausuraram nessa jaula, não penso em outra coisa a não ser que não precisaria pensar
em nada!
Se, se não existissem essas grades que só me fazem pensar no que existe do outro lado delas.

( Passarinho na gaiola só imagina que não sabe voar.)

Juandiego

O poço não tem fundo. Um fundo tão profundo, que me liga a outro mundo.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Enquanto eles mentem, eu me escondo.

Olá.
Me chamo Elizabeth.
Estou aqui porque preciso não, necessito que você ou alguém me ajude!
Estou encarcerado por algo que não fiz.
Sim. Não sou culpada!
Muitos falam o mesmo.
Mas, eu realmente não sou culpada!
Meu nome no registro de nascimento é Jorge.
Mas, sou e me sinto Elizabeth.
Não matei, nem roubei.
Mas, estou presa.
Me falaram que meu corpo era estranho. Fui humilhada.
Extravagante e que não era normal. Fui violentada.
Eu acreditei e, me reprimi.
Vivi tudo o que alguém "normal " podia viver.
Trabalho.
Família.
Filhos.
Trabalho...
Mas agora, vejam vocês em que situação me encontro: Presa. Encarcerada.
Pedindo ajuda.
Jorge não sabe que tento pedir ajuda.
Não sabe que grito dentro dele.
Mas, sinto que ele está morrendo... se esvaindo.
E eu, estou presa e não posso ajudá-lo.
Suplico sua ajuda!
Espero que você escute!

NOTA: Carta encontrada no corpo de Jorge Neto.
Causa mortis: Suicidio por enforcamento.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Lugares onde as portas não se fecham quando as estrelas aparecem.

Desassossego

Estou cansado, homem.
Estou cansado, menino e mulher.
Estou farto de tudo!
Mas, esse vício desgraçado de liberdade, não me deixa sossegado!
Estou cansado do mundo, de você e de mim.
Farto de tudo.
Play.
É só iniciar.
Stop.
Não se pode parar.

Roksana Mical    

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Agora crianças, vamos desconstruir

Eu queimarei com chamas de revolta todo o meu corpo.
Eu chorarei todas as lágrimas venenosas que os meus olhos suportarem.
Eu serei eu mesmo e amarei meu corpo por ser louco e,
totalmente disforme da beleza e consciência.
Destruirei a estética que pré diz o que devo fazer, comer, vestir e a quem amar.
Cuspirei na cara dos que dizem que o meu corpo foi feito para a reprodução.
Ou que sou gay, bi, hetero, monogâmico, mazoquista, homem, mulher, puta ou
qualquer merda criada pelo consumo e imposto para mim como escolhas que,
 não passam de rótulos para encarcerar e transformar em produto meu corpo        
e o meu amor.
Nenhum "demônio" roubará o que sinto nem conduzirá meus sentimentos para o abismo.
Serei eu mesmo, mesmo que tudo diga que não o sou.
Me apoiarei. Me amarei.
Serei gordo, serei magro, e isso não faz diferença porque meu corpo é livre para
tomar as dimensões que deseja.
Todos se afundaram na dor do esquecimento.
Eu, lembrarei que não sofro e que não preciso esquecer de nada.

 Serge y Komarov    

Linhas

                Quanto de crueldade tem o seu amor?

Nathan Appel      

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Insatisfação

Sinto sua respiração ofegante no meu pescoço.
Sinto que algumas palavras não foram ditas como realmente queria.
Tenho bigornas na consciência. E agora, elas me parecem mais e mais pesadas.
A vida é realmente útil?
E porque sinto como se a traição dilacerace minhas veias?

                        Vejo cadaveres de pássaros em todo o espaço onde os meus olhos alcançam.
                        Mas, dizem que é normal a natureza morrer rápido e depressa.
                        Bem satisfatório!

Carregava um livro debaixo do braço esquerdo. Ele fede.
Me prometeram que ele me salvaria.
Mas, só me servia como alimento para a mentira que rasgava meu coração.
A vida é realmente uma dádiva de Deus?

                        Eu realmente não sei se eu não desejaria que o meu corpo entrasse em
                        combustão.
                        ...?
                        As lágrimas são pretas quando choramos na escuridão.
                        Alguém ai, dessa platéia sórdida, já se viu por um instante sendo dominado?
                        Tendo seus desejos e seus pensamentos repletos de quereres alheios?
                        Filhos da puta!

Se julgam tão coerentes, bondosos e solidarios.
Mas no fundo apenas querem tragar a minha rebeldia!
Como isso dói!
Como isso me dói!
Até os meus próprios sonhos são dolorosos.

                       Minha caneta...que rasga somente a sencibilidade da folha de papel.
                       Seria encatador , se ela rasgasse também outras sencibilidades.
                       Mas, existirá sencibilidade atravês de pensamentos e corpos aprisionados?
                       Cada vez sinto-me mais perdido e só!

A.L.O.N.E.
Seria uma boa canção!
Mas, não falaria de revolução nem de amores perdidos ou,
qualquer junção vogal que se torna um pleonasmo chato e contínuo.
Estaria viva, a canção, só na boca de um cadaver apodrecido e esquecido em alguma vala do mundo.
Com um tiro na cabeça ou com o corpo estuprado.
É muito para você?
Mude a página!
Feche o livro!
Vá embora, humano estupido e cruel!

...

Hoje eu quero ser árvore!

Pensar como seus galhos.
Ouvir como seus frutos...

Hoje eu quero ser árvore!

E que nenhum machado me derrube!

B berenika     

domingo, 23 de janeiro de 2011

Incompetente competência

Odeio competir!
Odeio ter que afundar a cara nos livros por dias!
Somente para provar que sou capaz de ser incapaz.
Ai que ódio de pensar em quantas alternativas tenho e quais delas não posso errar.
Foda!

E o relógio, tic tac...

Minha angustia aumenta.
O medo do futuro cresce.
Mas, o futuro eu nem vivi!
E porque o medo?
É costume. Eu acho...

E o relógio tic tac.

Competição...

 Cristobal Toral           

sábado, 22 de janeiro de 2011

Amém

O mundo de Luciana era tão grande, que ela não pôde.
Não podia suportar.
Não podia carregar.
Então, teve que abortar. E morreu !
No outro dia, era só mais uma noticia de alguma pecadora que foi para o inferno.
Assim dizia algum jornal cristão.

 Hans Bellmer  

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Eu fiquei doente

Eu fiquei doente por tudo que ví, ouví e sentí.
Adoecí apartir de algum momento, não recordo, que me deparei com as relações humanas, as quais, eu já tinha me curado.
Adoecí, vendo os mesmos métodos agressivos crescerem em um "jardim humano".
Um "jardim" cheio de diversas plantas, mas, cheio de autoritarismo, falsidade e de todas as doenças que o meu corpo já desconhecia.
O que fazer?
Continuar no "jardim" das relações doentias humanas?
Talvez seria melhor destruir tudo?
Mas há humanos tão legais no "jardim"?!
Então, fugir do "jardim"?
Talvez...
Ir buscar sementes em outros lugares e, as vezes, sentir falta de duas ou três plantinhas do "jardim".

Aleksandra Waliszewska