Olá.
Me chamo Elizabeth.
Estou aqui porque preciso não, necessito que você ou alguém me ajude!
Estou encarcerado por algo que não fiz.
Sim. Não sou culpada!
Muitos falam o mesmo.
Mas, eu realmente não sou culpada!
Meu nome no registro de nascimento é Jorge.
Mas, sou e me sinto Elizabeth.
Não matei, nem roubei.
Mas, estou presa.
Me falaram que meu corpo era estranho. Fui humilhada.
Extravagante e que não era normal. Fui violentada.
Eu acreditei e, me reprimi.
Vivi tudo o que alguém "normal " podia viver.
Trabalho.
Família.
Filhos.
Trabalho...
Mas agora, vejam vocês em que situação me encontro: Presa. Encarcerada.
Pedindo ajuda.
Jorge não sabe que tento pedir ajuda.
Não sabe que grito dentro dele.
Mas, sinto que ele está morrendo... se esvaindo.
E eu, estou presa e não posso ajudá-lo.
Suplico sua ajuda!
Espero que você escute!
NOTA: Carta encontrada no corpo de Jorge Neto.
Causa mortis: Suicidio por enforcamento.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Desassossego
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Agora crianças, vamos desconstruir
Eu queimarei com chamas de revolta todo o meu corpo.
Eu chorarei todas as lágrimas venenosas que os meus olhos suportarem.
Eu serei eu mesmo e amarei meu corpo por ser louco e,
totalmente disforme da beleza e consciência.
Destruirei a estética que pré diz o que devo fazer, comer, vestir e a quem amar.
Cuspirei na cara dos que dizem que o meu corpo foi feito para a reprodução.
Ou que sou gay, bi, hetero, monogâmico, mazoquista, homem, mulher, puta ou
qualquer merda criada pelo consumo e imposto para mim como escolhas que,
não passam de rótulos para encarcerar e transformar em produto meu corpo
e o meu amor.
Nenhum "demônio" roubará o que sinto nem conduzirá meus sentimentos para o abismo.
Serei eu mesmo, mesmo que tudo diga que não o sou.
Me apoiarei. Me amarei.
Serei gordo, serei magro, e isso não faz diferença porque meu corpo é livre para
tomar as dimensões que deseja.
Todos se afundaram na dor do esquecimento.
Eu, lembrarei que não sofro e que não preciso esquecer de nada.
Eu chorarei todas as lágrimas venenosas que os meus olhos suportarem.
Eu serei eu mesmo e amarei meu corpo por ser louco e,
totalmente disforme da beleza e consciência.
Destruirei a estética que pré diz o que devo fazer, comer, vestir e a quem amar.
Cuspirei na cara dos que dizem que o meu corpo foi feito para a reprodução.
Ou que sou gay, bi, hetero, monogâmico, mazoquista, homem, mulher, puta ou
qualquer merda criada pelo consumo e imposto para mim como escolhas que,
não passam de rótulos para encarcerar e transformar em produto meu corpo
e o meu amor.
Nenhum "demônio" roubará o que sinto nem conduzirá meus sentimentos para o abismo.
Serei eu mesmo, mesmo que tudo diga que não o sou.
Me apoiarei. Me amarei.
Serei gordo, serei magro, e isso não faz diferença porque meu corpo é livre para
tomar as dimensões que deseja.
Todos se afundaram na dor do esquecimento.
Eu, lembrarei que não sofro e que não preciso esquecer de nada.
Serge y Komarov |
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